quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A Conexão

Na meditação da semana passada concluímos o trabalho fazendo um desenho. Resisti a princípio mas resolvi encarar a folha de papel em branco. Logo me veio o desejo de registrar o processo de comunicação, já que esse foi o foco do dia. Consegui registrar através do desenho a minha dificuldade em estabelecer a comunicação. Veio nítida a percepção de que o que recebo é muito maior do que eu consigo perceber. A imagem de uma ampulheta multicolorida onde um mar infinito de informação tenta passar por um restrito canal.
Ontem na meditação ao experimentarmos usar os sons, a partir da leitura do livro de Kaká Werá, senti claramente o alargamento do canal, algo havia mudado e compreendi que há uma caminho a ser percorrido. O uso da voz e da palavra é o meu trabalho. No teatro consigo uma conexão com a platéia, e sempre houve em mim o desejo de amplificação deste contato.
A experiência ontem serviu como um sinal de que há um trem sobre o trilho, e que é preciso seguir viagem!

sábado, 17 de janeiro de 2009

Buscar, buscar, buscar...



Ando buscando novas formas de continuar fazendo o que sempre fiz. Reflito constantemente sobre minha vida na arte. Diante de tudo o que já vivenciei no teatro, e a grande contribuição que este processo me causou, fico me perguntando o que posso fazer agora?


Há uma necessidade latente em mim em continuar investindo em continuar crescendo. Tenho um caminho ou um fio que me conduz a cada trabalho.


Há uma ânsia e um desejo de ir além, de buscar mais, ir fundo no processo.


Às vezes percebo que não tenho a verdadeira dimensão da totalidade do trabalho que venho realizando. Na verdade nem sei se quero perceber de fato, mas quero sempre dar vazão à minha inquietação.